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Duas mulheres detidas e fábrica encerrada em Bragança por representar um perigo para a saúde pública

Uma “fábrica” de enchidos e de panificação foi encerrada esta terça-feira em Bragança por “total desrespeito pelas normas legais e compromisso com a saúde pública”, informou, hoje, o Comando da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Desta operação concertada entre a PSP, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Câmara Municipal de Bragança resultou a detenção de duas cidadãs do sexo feminino, a apreensão de 310 quilogramas de produtos no valor de 1865 euros, por “géneros alimentícios anormais avariados e corruptos” e, ainda, o resgate de dois cães por suspeitas de maus-tratos a animais.

O espaço foi descoberto numa missão de rotina levada a cabo pela Brigada de Proteção Ambiental (BriPA). “Os produtos, carne de porco, presuntos e enchidos, encontrava-se impróprios para consumo, dado se encontrarem depreciados, queimados pelo gelo, com alterações de coloração, desidratados e com bolores e, alguns, com cheiro nauseabundo, em virtude de estarem putrefactos por avaria no equipamento de armazenagem”, revela a PSP, que decidiu “garantir a acautelar a provaisolando o local. Foi, então, contactada a ASAE e tendo em conta o estado dos produtos e instalações, foi chamada a médica veterinária municipal e o delegado de saúde.

De acordo com a mesma fonte, a sala de preparação e manuseamento dos enchidos apresentava bastantes danos estruturais, bem como evidenciava ausência de higienização com bastante sujidade e acumulação de gorduras e com diversos enchidos colocados diretamente no chão.

Também os diversos anexos, nomeadamente, o forno para produção de panificação e os locais onde se encontravam as várias câmaras de conservação de produtos congelados apresentam uma estrutura primária e inacabada, não reunindo, refere o Comando da PSP de Bragança, “as condições legais, pois os dois canídeos tinham acesso a esse espaço” que se encontrava com “muita sujidade, restos de enchidos e excrementos dos referidos animais e um cheiro nauseabundo”.

O processo seguirá, agora, para tribunal, após atuação da BriPA da PSP que garante que “os produtos se encontravam em instalações sem garantias mínimas de condições técnico funcionais, que colocavam em causa, de forma séria, o risco higiénico-sanitário”.

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