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“A Estrela” em estreia perante um Teatro de Bragança quase lotado

O Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, através do seu Grupo de Teatro, estreou, na noite de 16 de maio, a peça intitulada "A Estrela". Durante quase duas horas, 42 alunos / atores encantaram a plateia de um Teatro Municipal de Bragança quase esgotado.

Inserida na Mostra de Teatro Escolar, “A Estrela” trata-se, nas palavras do diretor artístico, de “um projeto muito especial”. “A peça fala sobre um grupo de teatro que perdeu a encenadora de longos anos, tendo sido substituída por um novato que não soube gerir o grupo, acabando por desfazer-se”, resume Acácio Pradinhos.

Já no final, o responsável subiu para o palco com o intuito de enaltecer o trabalho árduo dos seus pupilos com rasgados, mas sentidos, elogios. Agradeceu-lhes, ainda, a entrega, a disciplina e a dedicação que resultaram numa interpretação aplaudida por todos na plateia, em uníssono, com direito a ovação em pé.

À saída, a Kapital do NordestE teve a oportunidade de conversar com o diretor artístico que explica como tudo começou. “Esta peça surge no âmbito do Teatro Escolar, do Grupo de Teatro Emídio Garcia, é um projeto extracurricular que, à semelhança do que existe nas outras escolas, proporciona aos miúdos esta experiência teatral que é, nem mais nem menos, uma oferta da escola para que a sua presença no Agrupamento seja mais rica, mais completa e, acima de tudo, integral, que é aquilo que se pretende”, testemunhou Acácio Pradinhos, assegurando que “encenar é uma arte”. Até porque, perguntámos, lidar com 42 alunos de diferentes idades e colocá-los a trabalhar com um objetivo em comum, não deve ser fácil. “É uma questão de método”, responde, sendo que “uma coisa é encenar dentro do contexto escolar e outra é encenar fora desse mesmo contexto”. De acordo com o entrevistado, “as pessoas que se dedicam a esta causa que é o teatro no contexto escolar, têm de ter em conta a chamada missão pedagógica. O teatro na escola não pretende formar atores, pretende, essencialmente, formar cidadãos capazes, resilientes, cidadãos que oiçam a opinião dos outros, com bom senso”, acrescentando, no entanto, que “ao longo do processo criam-se condições para que os miúdos gostem de estar no grupo, criam-se condições para que os miúdos cresçam como pessoas e, de repente, fala-se em teatro. Mas o teatro é a última coisa”.

 

Agrupamento de Escolas Emídio Garcia

 

E o que vem depois de quase um ano de ensaios? “Primeiro joga-se, explora-se, experimenta-se o laboratório de artes e, de repente, a ideia do projeto começa a ganhar forma, já com o alvo de atuar no teatro municipal, pois é esse o grande objetivo”, explana o diretor artístico, ciente da importância da componente formativa do teatro escolar. “O teatro municipal é a montra de todas as escolas, virem aqui mostrar aquilo que de melhor se faz em cada uma, no que diz respeito ao teatro” continua Acácio Pradinhos, para quem esta atuação é a forma de “provar à comunidade que estar no Agrupamento de Escolas Emídio Garcia é uma mais valia para os jovens alunos e, também, é uma forma de cativar novos alunos”.

“Por incrível que pareça, o Grupo de Teatro Emídio Garcia cativa alunos cada vez de melhor qualidade. Estamos a falar de miúdos interessantes e interessados, não só pelo teatro, mas pela vida e pela missão escolar”, conclui o encenador, visivelmente orgulhoso do resultado final alcançado pelos seus atores e demonstrado em palco, perante uma plateia de encorajamento, que reflete um ano de devoção, consistência e missão, agora vertidas num sentimento geral de satisfação.

 

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