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Bragança aposta em projeto piloto que em tempos de pandemia procura seduzir trabalhadores remotos e suas famílias

O município da capital nordestina dará a quatro famílias a oportunidade de viverem em Bragança durante o próximo mês de maio. “Bragança. Liberdade para Recomeçar.” é o nome do projeto piloto cujas inscrições arrancaram ontem, dia 22 de março, através do formulário disponível online.

Inserida no Programa de Cooperação URBACT – Find Your Greatness e financiada pela União Europeia, a iniciativa pretende promover a aprendizagem e a troca de experiências com o intuito de se atingir o desenvolvimento sustentável nas cidades europeias.

De acordo com a autarquia, “Bragança. Liberdade para Recomeçar.” trata-se “de uma experiência social a pensar em pessoas ativas - com possibilidade de desenvolver a atividade profissional de forma remota - e com vontade de explorar diferentes ambientes de trabalho”. Esta proposta, agora apresentada, visa, assim, assumir-se como “uma nova abordagem de promoção de Bragança e da economia local, divulgando o destino como o ideal para trabalhar remotamente, fora de casa, com flexibilidade e liberdade”.

Nas palavras do edil brigantino, este projeto pretende “divulgar a qualidade de vida que Bragança tem para oferecer a quem optar por viver e trabalhar a partir daqui, sublinhar que é possível estar ligado com o mundo laboral e, ao mesmo tempo, usufruir de um território convidativo para fazer uma pausa e/ou desligar do ritmo frenético do dia-a-dia”.

Para Hernâni Dias, o objetivo é “dar a conhecer todo o potencial deste território e, através da partilha da experiência, que se espera positiva, inspirar quem tiver possibilidade de manter o trabalho remoto mesmo depois da pandemia, a viver em Bragança”.

BGC

“Bragança. Liberdade para experimentar”

 

De forma a providenciar as melhores condições possíveis aos “novos brigantinos", designação atribuída pelo próprio município, até para facilitar o seu processo de integração, o alojamento é gratuito, bem como todas as comodidades inerentes que garantam não só qualidade de vida, mas a possibilidade de trabalhar remotamente.

Será, também, oferecido um cabaz de boas-vindas com produtos regionais, para além de Vouchers Experiência que permitirão às quatro famílias usufruir de diversos atrativos no concelho.

Importa referir, ainda, que os participantes serão desafiados a viver de forma autónoma em Bragança e a publicar as suas experiências através das redes sociais. No final, “será partilhado um documentário com o intuito de transmitir o dia-a-dia dos novos brigantinos, de partilhar aprendizagens e de aferir a eficácia da ação piloto”, revela o executivo, sublinhando que Bragança “é um dos maiores concelhos do país com um território autêntico, natural, com uma biodiversidade surpreendente e paisagens magníficas”.

Outros fatores que jogam a favor deste projeto e que tendem a seduzir estes e outros visitantes que procuram “um destino em sintonia com o estilo de trabalho do futuro” são, segundo o município, “a gastronomia ímpar, os diversos espaços culturais, a comunidade acolhedora e a qualidade de vida”.

Sabemos que as alterações na forma como vivemos e como trabalhamos ganharam expressão, no último ano, junto dos trabalhadores e das entidades empregadoras que se adaptaram para manter a atividade”, transmite o edil brigantino, que acredita que o trabalho remoto, uma maior flexibilidade e a “perceção efetiva de que muitas atividades podem ser desenvolvidas a partir de qualquer parte do mundo” podem ser decisivos para que muitos portugueses possam descobrir “os encantos do interior” e, talvez, mudarem-se de armas e bagagens para o Nordeste Transmontano. “Agora o desafio é recomeçar em Bragança”, incita Hernâni Dias, para quem o concelho a que preside é “sinónimo de liberdade para recomeçar, liberdade para trabalhar e liberdade para ligar e desligar”.

Recorde-se que o concelho de Bragança faz parte da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica, “um selo de excelência”, atribuído pela UNESCO, que diferencia este território enquanto "local de simbiose entre o Homem e a Biosfera e enquanto lugar autêntico". Uma distinção extensiva a todo o Parque Natural de Montesinho, do qual Bragança, também, faz parte e que se “distingue pelos seus montes arredondados, pelos vales encaixados entre rios selvagens, pelos lameiros e bosques que abrigam uma fauna diversa e plural, um verdadeiro paraíso para ornitólogos e onde ocorrem mais de 80 por cento dos mamíferos do território nacional”, descreve o município, em jeito de promoção revestida de elogio.

Gim

 

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