CONCELHO DE BRAGANÇA EM DESTAQUE
Bragança é hoje, indiscutivelmente, sinónimo de um território atrativo, dinâmico e acolhedor, capaz de competir e ombrear com muitas cidades Europeias nos índices de desenvolvimento e qualidade de vida. São conhecidos os vários estudos independentes que nas três dimensões analisadas, Negócios (Investimento), Visitar (Turismo) e Viver (Talento), nos colocam Bragança em lugares honrosos.
Há que destacar que, nos últimos anos, Bragança tem olhado o seu concelho como um todo e a região como um parceiro. Só assim foi possível aumentar a nossa atratividade com a infraestruturação do território, construção de novos equipamentos, fortalecido a economia e a criação de emprego, aumentado e diversificado a oferta cultural e
turística, contribuído para uma maior coesão territorial, incentivado um maior nível de formação dos recursos humanos e a qualificação das instituições, condições essenciais para fixar as populações, a atividade económica e o combate ao despovoamento.
A nível económico, e num processo de afirmação, vimos pelo 2º ano consecutivo (de acordo com os mais recentes dados divulgados pelo INE) as exportações do concelho de Bragança aumentarem acima da média nacional e da Região Norte, registando um crescimento de 12,25%, ou seja, de mais 73,48 milhões de euros, face ao ano anterior
e superior à evolução das exportações portuguesas de bens (que cresceram 10,01%) e da Região Norte (com crescimento de 8,12%). Assim, atualmente, o valor das exportações cifra-se em 673,44 milhões de euros, o que, em termos regionais, significa que Bragança exportou 95,33% da NUT Terras de Trás-os-Montes, 84,14% das NUTS Terras de Trás-os-Montes e Douro (28 Municípios) e 7,16 vezes mais que a NUT Douro (19 Municípios). Valorizámos, ainda, o tecido empresarial local e o trabalho dos nossos empresários ao conceder no quadriénio 2014-2017, 4,44 milhões de euros em benefícios fiscais ao não aplicar derrama sobre o lucro tributável.
Ao nível financeiro Bragança é, igualmente, um dos concelhos que melhor sabe utilizar e potenciar os recursos que são colocados à disposição. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Valorização do Interior, somos o concelho que melhor sabe aproveitar os fundos comunitários na região interior Norte de Portugal e o no 4º de todo o interior (num universo de 165) com a arrecadação de 72 milhões de euros, canalizados para projetos estruturantes com vista à melhoria das condições de vida dos nossos residentes e visitantes.
Decorrente deste aproveitamento de fundos e de uma gestão equilibrada, o Município de Bragança foi ainda, pelo 3º ano consecutivo, considerado como tendo o melhor desempenho económico e financeiro da Região Norte e o 17º a nível nacional, entre os 98 municípios de igual dimensão. Para além disso, Bragança ocupa a 2.ª posição das Capitais de Distrito, a 4.ª posição na Região Norte e a 10.ª a nível nacional, no universo dos municípios de média dimensão, com menor Prazo Médio de Pagamento a fornecedores. Apresentamos, ainda, a melhor classificação no Índice de Governação Local da região Norte e a 6ª posição a nível nacional, no universo dos municípios de igual dimensão.
Se é verdade que para este desenvolvimento muito contribuíram as políticas municipais que temos vindo a implementar, não é menos verdade que os empresários, comerciantes e os agentes económicos de vários ramos de atividade, têm sabido corresponder, de forma muito positiva, àquilo que deles é esperado. Conseguiram modernizar-se e tirar partido da localização geográfica de Bragança como porta de entrada para a Europa, que se tem aberto a novas e vantajosas oportunidades de negócio.
Viver em Bragança, sabem-no os Bragançanos e os residentes é inspirador, seja pelas tradições bem conservadas, pelo ímpar mosaico de paisagens, pela autenticidade das suas gentes, a gastronomia autêntica e genuína o património exuberante ou o acolhimento de eventos marcantes no centro histórico, diferenciando-nos, pela
positiva, dos demais. Com base nesta atratividade e porque todos nós temos a perceção de que o turista de hoje é exigente e gosta de vivenciar o único e o diferente, o concelho tem sido promovido no exterior gerando um
aumento muito substancial da sua atratividade e capacitação turística, redundando em indicadores muito positivos que o INE confirma, onde Bragança aparece, pelo segundo ano consecutivo, com taxas de crescimento turístico acima da média nacional e da Região Norte com forte impacto na economia local.
Refira-se, a este nível, a importância de termos no concelho uma das aldeias considerada 7ª Maravilha na categoria de Aldeias Autênticas – Rio de Onor e ainda um Restaurante, em Bragança, que este ano conquistou, pela primeira vez, para Trás-os-Montes, uma estrela Michelin, confirmando a qualidade gastronómica da região. Porém, desde há muito que os territórios do interior se veem ceifados de políticas centrais estruturantes que permitam inverter certas tendências, como a uma regressão demográfica ou o envelhecimento, muito progressivo, da população. Trás-os-Montes em geral e Bragança em particular, têm sentido, naturalmente, alguma dificuldade em contornar este que se tornará, a curto prazo, num dos graves flagelos a afetar toda a zona raiana do nosso país com as consequências a fazerem-se sentir, também, nos grandes centros urbanos.
Encontramo-nos num período em que o centralismo democrático se confunde com poderes ditatoriais, onde apenas os feudos próximos do poder têm direito à aplicação de políticas capazes de fomentar um maior desenvolvimento e progresso. No nosso país, atualmente, não só a despesa pública está quase totalmente concentrada na Administração Central, como esta, por sua vez, está concentrada na Área Metropolitana de Lisboa e Porto,
agravando o fenómeno da centralização. Exige-se pois, a construção de novas mentalidades e direitos, onde o reforço do poder local e regional sejam bandeiras a conquistar, pois este já deu provas de uma administração mais eficiente dos dinheiros públicos, proporcionando mais e melhor desenvolvimento, dos seus territórios.
Ainda que as contrariedades existam, acredito no desenvolvimento de Bragança e da Região, com um novo ciclo de desenvolvimento, já programado, onde a construção do Museu da Língua Portuguesa se constituirá como símbolo maior de preservação da identidade daquilo que define o país, a sua língua.
Para a Região, fruto, sobretudo, das políticas centralistas e do propositado “esquecimento”, antecipo algumas dificuldades. Todavia, porque os transmontanos sabem que têm que lutar e empregar um esforço redobrado para conseguir aquilo que a uma boa parte do restante território continental é facilitado, haveremos de lutar e resistir porque é, também, dessa resistência que nos definimos enquanto cidadãos!
Dedicatória à Kapital do NordestE
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O Presidente da Câmara Municipal de Bragança
Hernâni Dias