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Maria, a caçadora de sonhos

FACTOS

Entrevistada: Maria Manuel Bernardino da Silva

Naturalidade: Bragança

Idade: 17 anos

Data de nascimento: 11 – 07 – 2003

Residência: Lisboa

Ocupação: Estudante

Curso: Design de Moda

Signo: caranguejo

Cor: Lilás

Música: “Dua Lipa”, Future Nostalgia

Série televisiva: Prison Break

Desporto: Dança

Filme: “Gaga: five foot two”

Jamie Oliver ou Gordon Ramsey: Jamie Oliver

Carne ou peixe: Peixe

Salgado ou picante: Picante

Comida: Ceviche

Sobremesa: Pavlova

Restaurante: Rua, Lisboa

 

INTRO

Após dez semanas num programa líder de audiências ao domingo à noite na TVI, Maria sagrou-se a primeira MasterChef Júnior de Portugal devido à sua enorme simpatia e, claro, ao imenso talento que possui na cozinha.

Mas a ambição de Maria é muito mais do que à primeira vista de adivinha...

A moda e a maquilhagem levaram-na a criar um canal no Youtube, "A Moda de Maria", que atingiu mais de 13.500 subscritores em pouco mais de dois anos.

Lançou, ainda, um livro a 14 de novembro de 2017 com o título "O Mundo de Maria" com receitas "fáceis e divertidas" capazes de transformar até o mais inapto num autêntico chef de cozinha.

Entretanto, chegou o Instagram, a plataforma de eleição para os jovens nascidos no século XXI e com ele o IGTV, para onde a adolescente transmontana emigrou, tendo já alcançado quase 22 mil subscritores

Próximo passo natural? O mundo da representação. Talvez no cinema, talvez em televisão...

Maria

ESTILO PRÓPRIO

 

Kapital do NordestE (KNE): Como é que definirias o teu estilo?

Maria Manuel (MM): Eu não tenho, propriamente, um estilo definido. Até porque não gosto de impor limites à moda, àquilo que eu visto. Agora, neste momento da minha vida, se tivesse que definir o meu estilo diria que é pop, misturado com rock e algumas influências dos anos 90. Mas, por exemplo, quando eu acordo sigo as minhas emoções. Ou seja, se na noite anterior eu vi um filme dos anos 50, no dia seguinte poderei ser influenciada pelo filme que eu vi na noite passada ou por algo que eu tenha visto no dia anterior. Assim, poderei puxar as cores dessa época, se calhar um modelo de roupa que as atrizes estavam a usar no filme e é um bocadinho por aí, eu gosto de ir testando várias coisas, ver o que resulta e, sobretudo, de me conhecer porque esta fase em que eu me encontro, da adolescência, acho que serve para isso mesmo, para experimentar e descobrir-me a mim e aquilo que melhor combina comigo.

 

KNE: Consideras que, atualmente, o estilo, aquilo que calçamos e vestimos, os acessórios que usamos, é realmente importante?

MM: Essa tua pergunta é bastante curiosa porque, recentemente, vi uma frase no Instagram que me fez pensar muito acerca dessa pauta. A frase dizia: “Roupa cara não esconde educação barata”. E eu penso que, por vezes, as pessoas confundem um pouco aquilo que estamos a usar com os valores que é suposto termos. E isso nem sempre se verifica.

O nosso estilo conta, de certa forma, as nossas emoções, a nossa história, inconscientemente. Eu, por exemplo, consigo perceber o estado de espírito da pessoa ao observar a roupa que ela veste. Mas sublinho que isso é de forma inconsciente, que as pessoas acabam por fazê-lo sem se aperceberem. Por exemplo, quando as pessoas estão a usar roupa pesada, pretos ou certas conjugações acabam por revelar o seu estado de espírito.

Falando de mim, nos dias em que eu estou mais feliz, tendo a usar roupas leves, vivas e com mais cor. E as minhas emoções acabam por transparecer na roupa. Mas, diariamente, eu também uso a roupa como um instrumento. Se eu acordo mais em baixo, posso usar, por exemplo, um amarelo, designada a cor da felicidade, e isso vai-me ajudar. Ou posso usar, também, o laranja que é uma cor que me puxa muito para cima.

Então, eu uso a moda dessa forma. Ou seja, para me ajudar a lidar com as minhas emoções e, por vezes, se necessário, alterar o meu estado de espírito. No fundo, a moda conta a minha história e aquilo que eu estou a vivenciar naquele dia ou num momento em particular.

Mary

KNE: Se te obrigassem a vestir uma roupa com a qual não te identificas, como é que isso te iria fazer sentir?

MM: Essa é, sem dúvida, a pergunta mais incrível que já me fizeram até hoje e a pergunta cujo duplo sentido me obriga a duas respostas distintas.

Primeira. Eu como Maria Manuel, no dia a dia, visto-me de uma maneira super livre. Portanto, eu acho que ficaria super chateada, se algum dia, alguém me vestisse de uma maneira que eu não gostasse. Mesmo. Mas não me imagino, de qualquer modo, a ir a um evento ou a uma gala ou a qualquer lugar e alguém escolher uma roupa que eu não goste. Graças a Deus, confio em todas as pessoas que estão a trabalhar comigo neste momento e sinto, também, que elas me conhecem muito bem. Caso isso não aconteça, acho que alguém antes de me vestir ou de me maquilhar, tem de conversar comigo, de me conhecer, de perceber aquilo que eu gosto. Aliás, recentemente, conheci uma maquilhadora e ela esteve a falar comigo sobre isso e, curiosamente, ela disse-me a esse respeito que, se for maquilhar alguém que não conheça, ela tem de falar primeiro com essa pessoa, até para conhecer a sua personalidade, de forma a que a sua maquilhagem a consiga fazer sentir bem e à vontade.

Segunda. Eu quero muito continuar a fazer trabalhos como modelo comercial e quero ser atriz. Então, no dia em que me disserem: Maria, vais ter que te vestir desta ou daquela maneira; eu vou sentir-me realizada, pois aí terei, obrigatoriamente, de me identificar com determinada pessoa até para conseguir entrar dentro da personagem. No dia em que isso acontecer, irei ficar muito feliz porque será um sinal claro que estou no bom caminho e que estou a realizar um dos meus sonhos que é trabalhar como atriz.

MARY

KNE: O que é que tu nunca, jamais, te atreverias a vestir?

MM: Roupa com padrão camuflado. Eu não gosto, não suporto. Mesmo. Desde sempre. Lembro-me quando eu era pequena, a minha mãe tinha uma saia com um padrão camuflado, ela dizia-me que era linda e eu fazia sempre um filme em casa porque odiava aquela saia. Eu nunca a vestiria! Recentemente, já houve vários ciclos em que o padrão camuflado regressou e eu não consigo usá-lo nem por nada. Pode até nem ser verde tropa. Pode até ser um camuflado em tons de cor de rosa bebé. Nem assim. Contudo, isso não significa que amanhã não acorde a adorar o camuflado. A verdade é que eu tenho 17 anos de vida e, até hoje, eu nunca consegui vestir nada com esse padrão.

 

KNE: Qual é o tipo de roupa ou a peça que te deixa imediatamente confortável? Aquele género de roupa que poderás vestir sempre em qualquer dia, a qualquer hora, em qualquer ocasião, sabendo tu que te vais sentir bem?

MM: Vestidos! Para mim, um bom vestido nunca falha. É mesmo o que eu mais gosto de usar.

Mar

KNE: Desde os chapéus, aos cintos, passando pelas pulseiras, colares e anéis, sem esquecer as malas ou os óculos, os acessórios são, atualmente, extremamente valorizados e um must em qualquer look. Até que ponto eles são importantes para ti?

MM: Adoro! Os acessórios dão o mote a qualquer look. Pode ser, inclusive, o look mais básico do mundo, mas os acessórios conseguem dar-lhe uma nova vida. Podemos dizer que são uma espécie de tempero de qualquer look e, para mim, fazem toda a diferença. Eu valorizo muito, por exemplo, os óculos, quer sejam de ver ou de sol. Eu tenho vários óculos de sol, uns maiores, outros mais pequenos, com cores e modelos diferentes. Valorizo muito, muito! Se calhar, aquilo que mais destaco são os colares. Eu quando estou sem um colar sinto-me despida. Preciso mesmo de um colar e, também, adoro malas. Completamente! Acho que fazem toda a diferença.

 

KNE: E quanto a projetos Maria? Estás envolvida em algum, neste momento, que queiras revelar?

MM: Um dos meus maiores projetos para 2020 é o lançamento dos meus vídeos no IGTV. Tenho publicado um vídeo de culinária, uma vez por semana, no meu IGTV, o que me tem dado frutos muito bons. As pessoas não estão só online, a comentar, estão mesmo a tentar fazer aquilo que eu ensino. E é muito gratificante para mim. Ainda há pouco tempo confecionei uma pizza e perdi a conta às pessoas que fizeram comigo a receita.

Uma vez fui a casa de uma amiga, levei-lhe um bolo de cenoura e toda a gente me pediu para eu fazer no IGTV um vídeo sobre a receita do bolo e, simplesmente, bombou. Nesse aspeto, tem sido incrível porque o meu público gosta realmente e confia em mim e nas receitas que eu ensino. Isso é a melhor coisa do mundo e não tem preço.

Tenho, também, outros projetos e novidades, mas que ainda não posso revelar, pois envolvem muitas pessoas. Em breve…

M

KNE: És uma jovem conhecida por correr atrás dos seus sonhos. Ganhaste o MasterChef Júnior com, apenas, 12 anos e foste para Lisboa pouco tempo depois para poderes estudar algo que tu adoras, tiveste um canal no Youtube, "A Moda da Maria", onde davas conselhos de beleza e maquilhagem, entre tantos outros exemplos em tão pouco tempo. Qual é o próximo grande sonho que almejas alcançar?

MM: Um dos meus grandes sonhos que, espero eu, se realize em breve, é estrear-me na representação, seja no cinema ou em televisão.

 

KNE: Já agora e só para terminar… Que papel gostarias de interpretar?

MM: Um papel de vilã! Idealmente, uma personagem com problemas do foro psicológico.

vIL

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