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Papa Francisco concede o título de basílica à igreja matriz de Torre de Moncorvo

Por meio de um decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, assinado a 12 de Janeiro, o Papa Francisco concedeu o título de basílica menor à igreja matriz de Torre de Moncorvo.

Uma elevação que vem, assim, reconhecer a importância deste templo na Unidade Pastoral de S. José, Arciprestado de Moncorvo, não só na sua ação pastoral, litúrgica e espiritual como, também, no seu inegável valor patrimonial e arquitetónico.

Quem recebeu a notícia “com gratidão” foi D. José Cordeiro, administrador diocesano de Bragança-Miranda e Arcebispo Metropolita eleito de Braga, considerando que é “um sinal da memória agradecida do Arcebispo Santo S. Bartolomeu dos Mártires que ao tempo terá pensado na criação de uma diocese cuja sede fosse naquela igreja matriz”.

De sublinhar que a proposta de elevação a basílica foi lançada pelo próprio D. José Cordeiro, contando com a colaboração plena da Conferência Episcopal Portuguesa, do Conselho Presbiteral da Diocese de Bragança-Miranda, da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, da Direção Regional de Cultura do Norte, da Junta de Freguesia de Moncorvo, da Unidade Pastoral de São José e de muitas outras pessoas e instituições.

Contudo, a celebração solene da promulgação do título só acontecerá a 18 de Julho, dia em que ficará eternizado o aniversário da basílica.

Para já, o local de culto pode ser visitado de terça-feira a domingo, das 9h30 às 13h e das 14h às 17h30.

igreja

Situada no Largo General Claudino, em pleno centro histórico da vila moncorvense, a nova basílica é um dos imóveis com maior valor arquitetónico do distrito, considerado mesmo Monumento Nacional desde 16 de junho de 1910.

Com quase cinco séculos de história, o início da construção da igreja matriz de Moncorvo data de 1544, apresentando um “estilo quinhentista com uma fachada onde domina uma possante torre sineira com relógio, rematada por balaustrada. A sua planta é retangular e tem três naves à mesma altura, bem como uma capela-mor retangular, absidíolos, sacristia e alpendre lateral”, descreve a Diocese de Bragança –Miranda, através do Secretariado das Comunicações Sociais.

O pórtico renascentista, o órgão de tubos, a talha dourada e frescos alusivos a cenas bíblicas, entre as quais a “Última Ceia” ou a “Paixão de Cristo”, são alguns dos inimitáveis traços que caracterizam esta igreja elevada, agora, pela Santa Sé a basílica.

De referir que, na tradição cristã, a basílica é considerada um edifício sagrado, que se divide em duas categorias: as basílicas maiores, as papais, que são apenas quatro (S. Pedro, São Paulo Fora-de-Muros, S. João de Latrão e Santa Maria Maior) e as basílicas menores, nas quais se enquadra a igreja matriz de Torre de Moncorvo.

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