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Trasmontano, natural de uma aldeia de Vinhais - nascido no Rio de Janeiro em 1984. Vim para Portugal com 7 anos, e dos 10 aos 14 anos frequentei o Colégio Salesiano de Poiares da Régua. Nesse período de tempo comecei a viajar com frequência nas Linhas do Douro e do Tua, entre a Régua e Mirandela, nascendo aí o meu interesse pela temática ferroviária. Aos 11 anos comecei a escrever sobre a Linha do Tua, e aos 13 tive o meu primeiro artigo de opinião publicado na comunicação social, para além de começar a fotografar esta via.

Fundei o MCLT - Movimento Cívico pela Linha do Tua em Outubro de 2006 e, logo em 2007, começou a polémica da construção da barragem do Tua, mantendo-me na linha da frente pela defesa desta linha até 2015, quando decidi sair do MCLT, retomando, mais recentemente, de novo, a luta pela salvaguarda desta. Fundei também o MCLC - Movimento Cívico pela Linha do Corgo, em Dezembro de 2010, saindo deste, igualmente, em 2015.

Licenciado em Gestão pelo ISCTE (2007) e com pós-graduação em Turismo - Gestão Estratégica de Destinos Turísticos pela ESHTE (2010). Entre outras funções, fui Assessor de Gestão do Metropolitano Ligeiro de Mirandela, entre 2009 e 2012.

Terceiro classificado na 1ª edição do concurso nacional de empreendedorismo "Realiza o teu Sonho", da associação Acredita Portugal, com um projecto de Turismo Ferroviário na Linha do Tua (2010), o qual foi pronta e liminarmente boicotado pelo Conselho de Administração da CP. Participação como autor convidado no livro "A Linha do Vale do Sabor - Um Caminho de Ferro raiano do Pocinho a Zamora", com um estudo original de reabertura integral da Linha do Sabor do Pocinho a Duas Igrejas, e prolongamento a Miranda do Douro.

Tenho publicado no meu canal no YouTube alguns estudos de reabertura de troços ferroviários, nomeadamente da Linha do Corgo entre a Régua e Vila Real.

 

OS ESCRAVOS DO VALE DO TUA

Não se pode ser escravo do conservadorismo e mediocridade dos outros. Mas é precisamente isso que se está a passar há doze anos no vale e na Linha do Tua.

Ponto prévio: já passa da hora de se largarem chavões parvos. Chamar a Linha do Tua de “antiga” faz menos sentido que chamar o Mosteiro dos Jerónimos de “antigo”: é anterior à Linha do Tua, e já não tem as funções de mosteiro. Carimbar à força de anacrónico o que só o tem sido por desleixo do Estado é algo que não consigo de todo aceitar.

OITO PARTES DE LISBOA, DUAS DE PORTO

Lembro-me nas tardes de Verão da minha juventude, passados na minha aldeia natal em Vinhais, de haver uma pausa especial que diariamente se observava e se antecipava: o dos blocos informativos “País País”, e sobretudo o que se lhe seguia, o “País Regiões”. Eram rubricas de informação que passavam na RTP, os quais, ao contrário dos Jornais da Tarde e da Noite, se debruçavam em informações apenas nacionais, e com interesse para as comunidades. O País Regiões então desdobrava-se, grosso modo, entre as províncias nacionais, cada qual vendo a sua própria versão.

TRÊS OVELHAS NEGRAS

O Governo elaborou um Plano Ferroviário na proposta de Orçamento de Estado para 2021, com um objectivo ambicioso: ligar todas as capitais de distrito. Um objectivo não só lúcido, como exequível, e justo. Três capitais de distrito não têm serviço ferroviário: Viseu – perdeu as Linhas do Vouga e do Dão em 1990; Bragança – perdeu a do Tua em 1991/92; e Vila Real – perdeu a do Corgo em 2009.