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Movida pelo Amor

FACTOS

 

Entrevistada: Viviana Cunha Mota

Naturalidade: Bragança

Idade: 34

Data de nascimento: 27/12/1985

Residência: Aveiro

Profissão: Subgerente - Seaside Glicinias Plaza (Aveiro)

Hobby: Cantar

Curso: Licenciatura em Serviço Social (Reinserção Social)

Signo: Capricórnio

Cor: Vermelho

Música: Rock, Pop

Bandas: The Cranberries, Skunk Anansie, Guano Apes, Paramore, Halestorm, Guns N`Roses, Alter Bridge, Foo Fighters, Muse e muitas mais…

Série televisiva: Maldição de Bly Manor.

Desporto: Futebol

Filme: Não tenho um preferido. Sou fã de filmes de terror mas adepta de uma boa comédia.

Carne ou peixe: Ambos

Salgado ou picante: Picante

Comida: Boa e caseira J Doida por Massas.

Sobremesa: Pudim de Ovos, Molotof

 

INTRO

Considero-me uma aficionada por moda! Aliás, sempre quis tirar um curso de Design, mas acabei por seguir um outro curso com uma vertente mais humana, tendo em conta, não só os encargos que os meus pais teriam na altura, mas também pela realidade da profissão, não tinha muitas saídas e o ideal seria apostar em sair do país. Assim, optei por um curso que fosse mais de encontro ás nossas problemáticas, mais realista, mas apenas consegui realizar o estágio profissional, não tendo tido, ainda, a oportunidade de exercer a profissão para a qual estudei.

O meu percurso profissional esteve sempre ligado á moda e comercialização de acessórios e calçado. Para além de ser uma autêntica shopaholic (risos) e ter trabalhado em lojas como a United Colors of Benneton, Code, Parfois, Pull and Bear e Seaside, também já participei em alguns desfiles e eventos de moda organizados por entidades locais.

Quanto à música, o meu verdadeiro sonho, desde tenra idade que comecei a cantar em frente ao espelho. Agarrava num desodorizante e imaginava que era um microfone (risos). Nascida e criada em Bragança, foi aí onde participei em projetos musicais tão distintos como Matsonband, Take Cover, The Perfect Match, Rédea Solta e Tributo a Iron Maiden.

Mas há quatro anos, resolvi mudar para Aveiro. O motivo, esse foi por amor. Acreditei, também, que poderia encontrar outro tipo de oportunidades a nível profissional e naquilo que eu adoro fazer, música. 

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ESTILO PRÓPRIO

 

Kapital do NordestE (KNE): Como é que definirias o teu estilo?

Viviana (V): Sou claramente camaleónica, não gosto de me aprisionar a uma imagem só. Gosto de poder ser e brincar com o estilo consoante o meu estado de espírito e ocasião. Mesmo assim pela rebeldia que me assiste e pela música, essa constante na minha vida, acabo por adotar um estilo mais rockeiro sempre com um toque feminino e bem vincado.

 

KNE: Consideras que, atualmente, o estilo, aquilo que calçamos e vestimos, os acessórios que usamos, é realmente importante?

V: Depende. Eu sinto que é importante na nossa construção como ser criar uma zona de conforto dentro do nosso próprio estilo e usar isso como uma forma de nos afirmar, de nos sentirmos bem e de acordo com a nossa personalidade. Contudo, numa sociedade onde a imagem maioritariamente fala mais alto acho errado que se crie tanta pressão em torno do estilo, do que é ou não tendência e se acabe por perder a singularidade de cada um.

Apesar de tanta informação, isto continua a ser um perigo para as camadas mais jovens, mais facilmente influenciáveis, já que procuram a simples aceitação e integração.

 

KNE: Se te obrigassem a vestir uma roupa com a qual não te identificas, como é que isso te iria fazer sentir?

V: Com 5 ou 6 anos outra vez (risos)! Desculpa Mãe!! Detestava saias quando era miúda. Afinal de contas, sempre fui uma maria rapaz de chuteiras até aos meus 14 anos, acabando por pouco a pouco ir descobrindo o meu lado feminino e encarando hoje a mulher completa que sou.

 

KNE: O que é que tu nunca, jamais, te atreverias a vestir?

V: Não sou propriamente fã de cores néon. A ideia de misturar padrões com riscas, ou figuras geométricas, isso já considero extravagante demais para mim.

 

KNE: Qual é o tipo de roupa ou a peça que te deixa imediatamente confortável? Aquele género de roupa que poderás vestir sempre em qualquer dia, a qualquer hora, em qualquer ocasião, sabendo tu que te vais sentir bem?

V: Falando do mais básico, mas que para mim tem um enorme poder, a roupa interior certa.

O porquê é muito simples, não sendo confortável vou passar o dia incomodada e provavelmente vai interferir com o meu humor e confiança. Por isso, dedico algum tempo na sua escolha com o intuito de independentemente da situação eu não ficar comprometida. 

 

KNE: Desde os chapéus, aos cintos, passando pelas pulseiras, colares e anéis, sem esquecer as malas ou os óculos, os acessórios são, atualmente, extremamente valorizados e um must em qualquer look. Até que ponto eles são importantes para ti?

V: Os acessórios são complementos e na verdade podem sim fazer toda a diferença.

Entendo que na simplicidade de um look o acessório certo pode transformar e realizar uma ideia. Para mim, acabam por se tornar naquele toque final, podendo ter o poder de nos tornar mais “nós”, especialmente se tiverem uma história ou sentimento por trás. Alguns dos meus são mesmo talismãs ou amuletos.

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KNE: És uma jovem conhecida pela sua paixão pela música. Como é que é ser artista em Trás-os-Montes e tentar singrar no mundo da música?

V: Esta pergunta não é propriamente fácil, já que muita coisa foi mudando ao longo dos anos.

Eu ainda sou do tempo em que se esperava pelo top mais da rádio e gravava a música em cassete para poder tirar letras de “ouvido”. Com a internet e a aparição de redes sociais, aplicações e outro tipo de ferramentas é obvio que tudo se tornou mais fácil.

Apesar de um meio pequeno, Bragança sempre foi uma cidade rica em artistas/projetos e eu fui crescendo envolvida entre muitos deles. No que diz respeito a projetos de originais, sempre denotei alguma dificuldade entre os demais colegas para efetuar uma simples gravação. Muitos deles, tendo a possibilidade acabaram por investir e adquirir material próprio para esse fim, outros definitivamente tiveram que se deslocar, sair de Trás-os-Montes para o poder fazer. Falo mesmo de Stone Age, Sound Advice, Low 5, Odores de Maria, Aliados, Parede Sem Fachada, entre outras. E são apenas algumas das bandas que fui acompanhando como mera espetadora/fã.

Pessoalmente, eu sempre estive mais ligada a projetos de covers, dentro do Pop Rock estrangeiro. A parte do singrar no mundo da música, traduzia-se em poder dar concertos e ser feliz a cantar, poder transmitir isso a quem assistia e ser realmente ouvida, isso já era um sucesso!

Nunca fui muito de me iludir para lá desta enorme paixão e senti que ainda teria muito por desenvolver e evoluir no que toca á interpretação vocal. Sinto que com cada projeto fui adquirindo mais confiança e uma noção mais real do mundo da música. Ser um bom vocalista não passa só por ter uma boa voz, é necessário desenvolver outras competências e eu nunca obtive formação nesse sentido, apenas como mera amadora e apaixonada.

Hoje com 34 anos e há 4 anos em Aveiro, resolvi apostar e arriscar mais nesse sentido.

Aqui, geograficamente, estou bem localizada, dado que estou mais próxima dos grandes centros, o que de certa forma deixa de constituir um entrave ou uma dificuldade.

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KNE: E quanto a projetos Viviana? Estás envolvida em algum, neste momento, que queiras revelar?

V: Não posso revelar grandes detalhes, mas estou a descobrir e a desenvolver uma nova faceta ligada à música. Para lá dos habituais projetos de covers em que me tenho revelado, posso dizer que nunca senti uma realização tão grande em poder cantar algo letrado por mim. Fazer parte da composição instrumental e tornar uma música tão pessoal, tão nossa, dar forma e acompanhar a sua evolução tem sido um agradável processo.

Contudo esta conjuntura de crise pandémica está sem dúvida a afetar tudo e todos. Não posso deixar de dizer que neste momento a cultura, a música estão sem dúvida sob pressão e que não fica nada fácil poder desenvolver aquilo que tanto amamos sem a força de todos. Seja para os que já andam na estrada, seja para os que nela se iniciam, demonstro aqui o meu apoio e lembrar que depois da tempestade certamente chegará a bonança.

 

KNE: Tens algum sonho, enquanto artista/cantora que gostarias de concretizar?

V: Sou, sem dúvida, mais feliz quando canto e isso é algo que me transcende, algo que me permite chegar mais perto do que considero o meu mundo. Tenho noção das minhas capacidades e cada vez mais entendo que cantar palavras minhas, pensamentos e sentimentos meus, é a forma mais acertada de o fazer. Como já referi, é tudo muito recente e claramente ainda não sei no que vai resultar, mas se for para sonhar e eu sou naturalmente uma sonhadora, o objetivo será poder chegar a toda a gente com a minha autenticidade, permitir que me ouçam e vejam pelo que realmente sou. Gostaria imenso de poder marcar pela diferença, de sentir que com isso chego mais perto de outras pessoas que se possam rever no meu trabalho, e que desta forma não se sintam tão sós e incompreendidas. 

Não procuro fama, mas sim reconhecimento pelo dom de cantar, pela capacidade de o fazer de uma forma genuína e sentida. Por isso, espero que mais portas se abram e me permitam desenvolver este mesmo objetivo. Na verdade, é pedir que acreditem, que apostem em mim que eu posso garantir que é uma aposta ganha. E com isto fica a dica (risos).

Outro sonho seria poder cantar com alguns artistas com os quais me identifico e de quem sempre fui fã. A Marisa Liz é sem dúvida uma força da natureza e uma rebelde sem papas na língua, o que sempre me fez ter mais força e não perder a esperança, identifico-me muito com ela.

É tão bom reconhecer que, para além de grandes vozes, temos mulheres de garra no panorama musical nacional.

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"Só porque sim, só porque posso, só porque sou um mulherão da porra e não não é só pelo que se vê, ou não se vê na foto. Claramente que existe muita gente enganada em relação ao que é íntimo, ao que fica bem ou não fazer, dizer...

A garra e força que me assistem vão para lá de uma simples imagem.

Sou despida de preconceitos e tenho pena que existam tantas pessoas, sejam homens ou mulheres, a julgar ou criticar hipócritamente.

Ninguém é melhor do que ninguém, e vamos acabar por parar todos ao mesmo sitio. Sempre fui uma rebelde e sinto orgulho nisso, não me conformo com o que não é para mim... Vou à luta, mesmo sem forças e apesar de tantas vezes cansada, acredito que o mundo pode ser melhor, que existem pessoas de bom coração, sem tanta maldade, falsidade e egoismo.

Para todas as rainhas com ou sem coroa por esse mundo aí fora... Sejam livres e felizes de serem como são"

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